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EXPOJUD 2025


Defensora pública-geral de MT destaca como inovações tecnológicas podem melhorar a vida das pessoas em congresso internacional

Luziane Castro afirmou que novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), modernizam processos e aprimoram atendimento à população

Por Alexandre Guimarães
16 de de 2025 - 16:28
Reprodução Defensora pública-geral de MT destaca como inovações tecnológicas podem melhorar a vida das pessoas em congresso internacional


Na manhã desta quinta-feira (16), a defensora pública-geral de Mato Grosso e presidente do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), Luziane Castro, enfatizou a importância da inovação e das transformações tecnológicas no maior congresso internacional de Tecnologia, Inovação e Direito para o Sistema de Justiça e órgãos de controle (Expojud 2025), em Brasília-DF.

Luziane participou do painel principal do evento, com o tema: “Leaders Talks: Agenda 2026, desafios e prioridades das lideranças”, no palco 1, junto com o desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Alberto Delgado Neto, e o desembargador presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), Raduan Miguel Filho.

“Agora, a gente vai trabalhar com transformação. É uma era realmente de muitas transformações. Enquanto líderes, a gente vai ter que conduzir essas transformações, seja na óptica pessoal ou nos processos envolvendo a parte tecnológica”, destacou.

Durante o congresso, que termina hoje, a chefe da DPEMT afirmou que a tecnologia e a inovação auxiliam na gestão de pessoas e de processos.

“Enquanto líderes, a gente dialoga com pessoas. Temos uma infinidade de membros e servidores que estão sob a nossa responsabilidade diariamente. E temos os processos. Justamente nessa parte que entra a tecnologia e a inovação, que têm nos auxiliado muito a melhorar”, pontuou.

Segundo a defensora pública-geral, a linguagem inclusiva, a capacitação constante e a diversidade de perfis de colaboradores são essenciais para todas as equipes.

“Essa diversidade de perfis é muito importante. Enquanto lideranças, a nossa linguagem tem que ser flexível, dialógica, e inclusiva, pensando em todas essas diversidades. Outro ponto que acho extremamente importante é a capacitação. Ela tem que ser contínua, seja para servidores, seja para nossos membros”, frisou.

Luziane citou ainda como novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), podem auxiliar no trabalho jurídico e no atendimento à população.

“Especialmente nós, agentes públicos, temos que pensar em como utilizar essas informações de modo a trabalhar com as políticas públicas e melhorar, não só o serviço, mas especialmente a vida da população que a gente atende”, disse.

Em junho deste ano, a DPEMT lançou uma plataforma de IA para modernizar a atuação jurídica institucional – a Gab.IA, alinhada às diretrizes de inovação, transformação digital e eficiência no serviço público, composta por quatro módulos principais: Transcrição, Zeca, Análise de Processos e a Biblioteca de Prompts.

O projeto foi finalista do 1º Congresso Nacional de Tecnologia e Inovação das Instituições (CNTI.Def), que ocorreu no fim de junho em Foz do Iguaçu-PR.

“Gerações anteriores, às vezes, têm uma resistência maior quando a gente fala que tem uma IA agora fazendo o resumo de um processo, apresentando uma minuta. A gente tem que entender que essa ferramenta, dentro da Defensoria Pública, já é muito importante. A gente tem avançado muito nessa temática, mas sabemos que ainda temos muitos desafios a alcançar”, arrematou.

Luziane ressaltou a importância do órgão para a população vulnerável do Brasil. Em todo o país, as Defensorias Públicas atenderam 29,5 milhões de pessoas em 2024, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Neste ano, somente em Mato Grosso, a Defensoria Pública já realizou mais de 532 mil atendimentos.

Território de Direitos – A DPEMT também contou com um estande no congresso para expor o projeto “Território de Direitos”, iniciativa que visa localizar, de maneira ativa e estratégica, famílias em situação de extrema vulnerabilidade que vivem em áreas marcadas por disputas de terra.

O trabalho é desenvolvido por meio do levantamento de inventário, registro fotográfico, documentos, dados sobre a área, informações sobre o conflito e a situação de trabalho de cada família que está no local.

A exposição no congresso foi feita pelo defensor público Fábio Barbosa e pela servidora Bruna Ketle Melo Daher.

No início de agosto, a DPEMT lançou o documentário “Território de Direitos”, contando como surgiu o projeto e histórias de comunidades impactadas pela iniciativa.

Comunicação interna – A coordenadora de comunicação institucional da DPEMT, Barbara Argôlo Soares, realizou nesta tarde uma apresentação com o tema: “Do zero à implementação: construindo uma comunicação interna eficaz”.

“Sempre uso uma linguagem clara, com padronização visual, evitando usar uma linguagem muito jurídica ou difícil, para aproximar os servidores e defensores daquela mensagem que eu quero trabalhar, sem perder a seriedade do assunto”, revelou.

Barbara participou do painel 6, dentro da sala temática de Comunicação, ao lado de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e dos Tribunais de Justiça de Rondônia e Tocantins.

O congresso contou ainda com treinamentos técnicos, palcos jurídicos, áreas de exposição, bate-papos, palestras, entre outros eventos, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), na Asa Sul da capital federal.

O ExpoJud foi realizado pelo J.Ex (Judiciário Exponencial) – um ecossistema digital voltado para a inovação e tecnologia na área da Justiça, curador dos principais eventos do setor.