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AVANÇO NA SAÚDE


Defensora pública-geral participa da assinatura de contrato entre Hospital Central e Albert Einstein

Com a nova gestão, espera-se que o Hospital Central se torne uma referência em atendimento público de qualidade, reduzindo filas e ampliando o acesso à saúde sem necessidade de judicialização.

Por Djhuliana Mundel
23 de de 2025 - 14:29
Foto: Michel Alvim - SECOM / MT Defensora pública-geral participa da assinatura de contrato entre Hospital Central e Albert Einstein


A defensora pública-geral do Estado de Mato Grosso, Luziane Castro, participou, nesta terça-feira (22), da solenidade de assinatura do contrato de gestão entre o Hospital Central de Cuiabá e o Hospital Israelita Albert Einstein. O acordo oficializa a nova parceria, na qual a instituição paulistana assumirá a administração do Hospital Central, que está com 98% das obras concluídas e tem entrega prevista para setembro deste ano, segundo o Governo do Estado. 

Durante o evento, Luziane destacou a importância da atuação da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) na garantia do acesso à saúde para a população mais vulnerável. “A Defensoria Pública se fez presente, estive aqui representando a instituição, principalmente porque o cidadão pobre, o cidadão carente, é o mais afetado quando se fala de um serviço ineficiente de saúde. Só no ano de 2024 propusemos mais de cinco mil ações envolvendo a área de saúde”, afirmou. 

Ela também ressaltou que a parceria com o Albert Einstein representa uma oportunidade concreta de melhoria no atendimento à população. “Isso aqui representa certamente um atendimento melhor e, o mais importante, é que esse atendimento vai chegar a quem precisa com mais rapidez, sem necessidade de judicialização. Esse é o grande objetivo da Defensoria Pública: apoiar situações ou demandas que representem melhoria na vida da população mais carente do estado de Mato Grosso”, completou. 

Mato Grosso será o quarto estado do Brasil a ter um hospital público gerido pelo Einstein. O Hospital Central será o sexto hospital público a ser administrado pela organização. 

A estrutura do Hospital Central foi ampliada em 23 mil m² e totaliza 32 mil m² de área construída para atender demandas de alta complexidade.  

A unidade vai contar com 287 leitos, sendo 60 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 36 de Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) e 191 de enfermaria. 

Inicialmente, estão previstas para o hospital as especialidades de cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia vascular, urologia, cirurgia pediátrica, ginecologia, mastologia, cirurgia plástica, neurocirurgia, cirurgia cardiovascular, ortopedia pediátrica, cardiologia, neurologia e pediatria. Todas as especialidades cirúrgicas atenderão um escopo diversificado, incluindo cirurgia oncológica.  

A unidade ofertará 100% dos serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita para a população. 

Foto: Alair Ribeiro

Atendimentos na saúde - A Defensoria Pública desempenha um papel crucial na área da saúde, oferecendo orientação jurídica e apoio direto a cidadãos que enfrentam dificuldades no acesso a medicamentos, tratamentos e procedimentos médicos. Muitas dessas demandas surgem devido a negativas de cobertura por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de planos privados, bem como pela demora na realização de exames e cirurgias ou pela falta de medicamentos essenciais. Nesses casos, a Defensoria atua para garantir que os direitos à saúde sejam respeitados e efetivamente cumpridos.  

Esse trabalho se torna ainda mais relevante diante de situações de urgência, em que a vida ou a saúde está em risco. Nesses casos, a instituição busca medidas judiciais que assegurem, de forma rápida e eficaz, o acesso imediato aos tratamentos ou medicamentos necessários. A agilidade dessas ações é muitas vezes decisiva para evitar o agravamento do quadro clínico e preservar a dignidade e a vida dos assistidos. 

A urgência dessa atuação é evidenciada por dados. Segundo reportagem do jornal O Globo, publicada em 09 de setembro de 2024, Cuiabá lidera o ranking das capitais brasileiras com a maior fila de espera para consultas médicas e cirurgias eletivas na rede pública. O levantamento, com base em informações do Ministério da Saúde e dos próprios municípios, apontou que os moradores da capital mato-grossense aguardam, em média, 197 dias por uma consulta médica e 168 dias por uma cirurgia eletiva no SUS.   

Com a nova gestão, espera-se que o Hospital Central se torne uma referência em atendimento público de qualidade, reduzindo filas e ampliando o acesso à saúde.