A juíza Graziela explicou os conceitos de assédio sexual e moral e levou o público a se colocar nas situações para avaliar como cada um age nas relações. O assédio moral, explicou, consiste em condutas repetitivas que expõem o trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras ou degradantes no ambiente de trabalho, comprometendo sua dignidade, saúde e desempenho profissional.
Já o assédio sexual se caracteriza pela prática de insinuações, chantagens ou abordagens de natureza sexual, físicas ou verbais, indesejadas pela vítima, com o objetivo de obter vantagem ou favorecimento, especialmente em relações hierárquicas ou de poder. Ambos configuram violações graves de direitos e exigem mecanismos efetivos de prevenção e enfrentamento. Ambos os tipos de assédio são proibidos por lei no Brasil e podem resultar em responsabilidade administrativa, civil e criminal para o agressor.
Graziela também falou do assédio estrutural, tido como uma forma de violência que não se manifesta apenas em atitudes individuais, mas está enraizada na cultura organizacional e na estrutura institucional. Ele ocorre quando políticas, práticas ou a própria dinâmica de funcionamento de uma instituição favorecem ou naturalizam situações de assédio moral ou sexual. Nesses casos, o problema não é apenas a conduta isolada de um agente, mas um ambiente de trabalho que, de forma sistemática, gera desigualdade, exclusão, silenciamento e constrangimento para determinados grupos ou pessoas.
O evento foi direcionado a servidores e gestores da administração pública, abrangendo as instâncias federal, estadual, distrital e municipal. Também participaram representantes de instituições públicas e de controle, além de profissionais ligados à gestão de pessoas e políticas institucionais.
O objetivo foi disseminar conhecimento e fortalecer práticas de prevenção e enfrentamento ao assédio moral, sexual e demais formas de violência nos ambientes da administração pública, promovendo espaços de trabalho mais seguros e saudáveis.