A fala da defensora dialoga com a avaliação da participante Carla Vecchia, que destacou a relevância do tema em Mato Grosso.
“Estamos na Defensoria Pública para nos formarmos como educadores populares e o tema escolhido foi muito importante, direito das mulheres, pois sabemos que Mato Grosso é o primeiro no ranking do país em número de violência contra a mulher, então, precisamos falar sobre o assunto e como ele se instala na sociedade. A violência contra a mulher não é um caso isolado, mas, um mal que acomete todo o país. Precisamos urgente de políticas públicas sobre o tema, de mais informação e de conhecimento”, avaliou.
Para Mametu Synavanju, outra participante, a iniciativa fortalece o protagonismo feminino e a aproximação com os órgãos públicos com a população.
“É de extrema importância saber sobre a valorização das mulheres e que nada que trate de nós, deve ser feito sem nossa participação. Os órgãos públicos estão evidenciando esse poder, estão evidenciando nossa valorização. É de extrema importância essa participação da comunidade dentro dos órgãos públicos e recomendo muito esses eventos. Quero que a minha comunidade participe”, disse.
Formação cidadã - O curso Defensores Populares é uma iniciativa da Esdep e terá encontros semanais até dezembro, sempre às quartas-feiras. O objetivo, segundo o diretor da Escola, Fernando Soubhia, é formar lideranças comunitárias para que multipliquem o conhecimento em suas bases.
“A ideia é capacitar lideranças populares para que eles pulverizem o que aprenderam aqui em suas comunidades. Para que saibam se defender junto com a Defensoria, para que não dependam tanto do órgão. Queremos prepara-los para que não seja uma relação paternalística, mas horizontal”, explicou.
A programação teve início na semana passada com o tema Catadores de Materiais Recicláveis, conduzido pela defensora pública Carolina Renée, e seguirá com assuntos como os direitos das pessoas autistas, da população em situação de rua, empregadas domésticas, povos indígenas, pessoas presas, população LGBTQIA+, pessoas com deficiência, saúde, consumidor, além de círculos de construção de paz e práticas restaurativas.