Canais de denúncia - Em Mato Grosso, denúncias de trabalho escravo, doméstico ou em qualquer outra modalidade, podem ser feitas de forma gratuita e sigilosa por diversos canais oficiais. O principal é o Ministério Público do Trabalho (MPT-MT), que recebe denúncias pelo site: prt23.mpt.mp.br/servicos/denuncias ou pelo telefone: (65) 3613-9100.
Também é possível denunciar pelo Disque 100, canal nacional de direitos humanos que funciona 24 horas, inclusive nos finais de semana. Outra opção é o Sistema Ipê do Ministério do Trabalho e Emprego, disponível em: ipe.sit.trabalho.gov.br, e o aplicativo Pardal, do MPT, que permite registrar denúncias de forma rápida e anônima. Todos esses meios garantem o sigilo do denunciante e ajudam a combater práticas que violam a dignidade humana e os direitos trabalhistas.
Legislação - Os trabalhadores domésticos no Brasil, durante décadas, estiveram à margem da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a categoria conquistou avanços significativos com a Emenda Constitucional nº 72/2013, conhecida como “PEC das Domésticas”, e posteriormente com a Lei Complementar nº 150/2015, que regulamentou direitos como jornada máxima de 44 horas semanais, pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, férias, FGTS e seguro-desemprego.
Mesmo assim, muitos trabalhadores ainda enfrentam situações de exploração e informalidade e o procurador esclareceu quais são essas situações e como as pessoas podem identificá-la.
Para o palestrante é essencial reconhecer o espaço doméstico como um ambiente de trabalho que exige respeito à legislação e à dignidade da pessoa humana. E uma das coisas importantes destacadas pelo palestrante é a necessidade de ter ponto para trabalhadores domésticos, mesmo que a contratação seja de uma única pessoa. Para empresas, a obrigatoriedade de registro de ponto existe quando o número de trabalhadores é superior a 20 pessoas. Ele ressaltou que o combate ao trabalho escravo e a valorização dos trabalhadores domésticos são passos fundamentais para uma sociedade ordenada.
Defensores Populares - O Curso Defensores Populares segue até dezembro com encontros semanais, abordando temas como direitos das pessoas com deficiência, povos indígenas e quilombolas, pessoas LGBTQIA+ e saúde pública. A proposta é formar multiplicadores sociais capazes de atuar em suas comunidades na defesa dos direitos humanos e na construção de uma cultura de paz.